Permitir
o Benfica ganhar um campeonato é uma falha no famoso “piloto automático” do
sistema.
Se um campeonato
é como um poço de ar no voo da águia, ganhar dois seguidos é um acidente
cósmico.
Este
“piloto automático” é o laboratório real do que aprendemos no liceu como
“sistema autopoiético”, ou seja, uma organização auto-suficiente, que se
regenera por si própria, mesmo com novos membros e componentes.
Obstáculos
como o processo apito dourado funcionam apenas como catalisadores da
regeneração do sistema, tornando-o ainda mais forte.
É
nesse estado que vemos actualmente o sistema do futebol português: um sistema
canalha, ignóbil, parasita e, em última consequência, autofágico, e sabemos
porquê.
É que
este parasita que se auto-regenera tem uma falha de programação que o levará à
sua morte, mas simultaneamente à morte do seu meio ambiente, como se de um
carcinoma se tratasse.
Como
sabem, se o corpo morrer, o cancro morre também. Essa é a falha do cancro.
Amigos:
estão a tentar matar o Benfica, logo, a matar o futebol. Mas nesse caso o
cancro morrerá connosco.
O
campeonato do ano passado foi uma dose quimioterapia que apenas adiou o
inevitável.
Depois
o cancro volta no seu expoente máximo, chegando a conseguir danos nunca vistos,
como impedir o organismo de se alimentar, primeiro de comer e depois de beber.
Tal
como se uma equipa de futebol ingerisse 5 golos e o cancro só deixasse entrar
1.
Não há
organismo, por mais belo e aguerrido, que resista a isto.
O fim
está próximo. Mas o cancro morrerá connosco.
Gostava
que a revolução que se anuncia hoje n’A Bola fosse a cura para o cancro.
Acreditaremos
até ao fim!
Irmandade Gloriosa