O Benfica comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a venda do passe de Di Maria ao Real Madrid por 25 milhões de euros.
Estão ainda previstos mais 5 milhões de euros indexados à utilização do jogador e outros 6 milhões de euros relativos a prémios de desempenho desportivo.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
OLÉ!
Portugal jogará o duelo ibérico de olhos postos nos quartos-de-final do
Mundial. As duas selecções encontraram-se pela última vez, em jogos
oficiais, no Euro 2004, com vitória da selecção das quinas. Esta tarde,
no "Green Point", Portugal vai marchar contra a "Fúria"...
FORÇA PORTUGAL!
segunda-feira, 28 de junho de 2010
E agora algo nunca visto
A Cabeçada do argentino Heinze
Grabiel Heinze não ficou nada satisfeito com a exagerada proximidade do operador de camera durante os festejos do
segundo golo da Argentina frente ao México.
VER AQUI
domingo, 27 de junho de 2010
Brian Blessed's battle cry for England
Inglaterra e Alemanha preparam-se para o reencontro
nos oitavos-de-final do Mundial 2010
Em Inglaterra corre um fantástico vídeo de Brian Blessed de incentivo à Seleção
VER
VER
-
sábado, 26 de junho de 2010
Crónicas Ricardo Araújo Pereira
Aqui há fantasmas
Há quem seja fanático quanto à
política, quanto à religião, quanto à nacionalidade. Pessoal mente,
prefiro
guardar o facciosismo para aquilo que verdadeiramente interessa: o
Benfica. Os
temas menores despertam em mim emoções apropriadas à sua dimensão.
Talvez por
isso tenha, sobre a Selecção Nacional, um olhar mais distanciado e
neutro do
que aqueles
hooligans aos quais alguns chamam jornalistas.
Durante
o Campeonato do Mundo, deixo o fanatismo suspenso. Os jornalistas
desportivos fazem
o contrário. Passam quatro anos a praticar aquilo que eles tomam por
isenção.
Em foras-de-jogo escandalosos, talvez o árbitro mereça o benefício da
dúvida.
Perante o maior
penalty do mundo, ficam com algumas dúvidas mas respeitam a
decisão. Assim que começa o Mundial, entregam a carteira de jornalista e
mandam
a imparcialidade às malvas. O código deontológico deixa de valer quando a
Selecção joga. Por exemplo, quando Tiago caiu na área do Brasil, percebi
logo
que não tinha havido falta. Os jornalistas que faziam o relato na
televisão
começaram a gritar penalty ainda a bola não tinha passado do meio
campo.
Foram necessárias duas repetições para reconhecerem, muito
relutantemente, que
ninguém tinha tocado no jogador português. Quando Juan jogou a bola com a
mão,
os comentadores do jogo começaram a preencher um requerimento à FIFA com
vista
à irradiação do defesa brasileiro, e depois lamentaram que o árbitro
tivesse
aplicado as regras, mostrando apenas um amarelo. O único brasileiro a
quem os
nossos jornalistas não arreganharam o dente foi mesmo o Pepe.
Curiosamente,
também foi o único brasileiro que merecia, de facto, ter sido expulso.
Nas
entrevistas rápidas e conferências de imprensa, o modelo das perguntas é
sempre
o mesmo: trata-se de elogios com um ponto de interrogação no fim. Fulano
de
Tal, não é um enorme orgulho acabar a fase de grupos sem qualquer golo
sofrido?
Ninguém se lembra de perguntar, ainda que de passagem: Fulano de Tal,
não é
um bocadinho preocupante acabar a fase de grupos tendo conseguido marcar
golos
apenas à Coreia do Norte?
Entretanto,
os
meus compatriotas continuam divididos: scolaristas de um lado e
queirozistas
do outro. Pela minha parte, nunca achei que Scolari e Queiroz fossem
treinadores que merecessem clube de fãs. É verdade que Scolari é o
treinador
mais bem sucedido de sempre da Selecção Nacional, mas talvez isso diga
mais dos
seleccionadores que temos tido do que dele. Quanto a Queiroz, parece
assombrado
pelo fantasma de Scolari. E, por isso, aparentemente resolveu emular o
treinador
que mais retumbantemente venceu Scolari: Otto Rehhagel. O
ex-seleccionador da
Grécia teria apreciado a equipa portuguesa que ontem empatou com o
Brasil.
Estavam em campo dois laterais esquerdos, quatro centrais, dois médios,
um
extremo e um Danny - cuja posição confesso que ainda não percebi
exactamente
qual é. A selecção portuguesa está, por tanto, assombrada por dois
fantasmas: o
de Scolari e o de Rehhagel. Se algum médium conseguir convocar o
fantasma de
Mourinho, talvez Portugal seja campeão.
Há
um limite para além do qual a rivalidade clubística deixa de fazer
sentido. Uma
coisa são saudáveis picardias, outra são altercações azedas. A BOLA tem
colunistas do Benfica, do Sporting e do Porto, e tanto benfiquistas como
sportinguistas devem reconhecer, sem sectarismo, que se encontram em
desvantagem. O Porto é o único que tem, entre os seus representantes
neste
jornal, um homem que além de colunista, é um escritor e dos bons. Um
abraço
para o Francisco José Viegas.
Ricardo Araújo Pereira, 26 de Junho in Jornal A Bola
Troca de mimos entre David Luiz e Rúben Amorim
David Luiz, que está de férias no seu país, fez ontem o seguinte desabafo na sua página do Facebook: "Brasil com frio não combina." Os comentários começaram logo a chover, e a resposta do amigo Rúben Amorim não se fez esperar: "Não te preocupes que na segunda-feira já estás cheio de calor... quando começares a dar voltas ao campo com o Jesus a dizer mais rápido... loloololol."
sexta-feira, 25 de junho de 2010
O Azul está em Baixa...
Da final de 2006 ao fracasso de 2010
Finalistas do Mundial 2006, Itália e França viveram um dos piores momentos da sua história futebolística. Nunca um campeão e vice-campeão do Mundo passados 4 anos ficaram pelo caminho na primeira fase e ambos em último lugar...
Azul só mesmo o Celeste
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Como ganhámos à Coreia do Norte?
(imagem captada algures em África do Sul)
Tinha que ter o dedo do "Jesus" * ...
Foi de certeza contratado em regime de Requisição Civil para darmos uma
goleada na Coreia do Norte, para ficarmos com goal-average sobre a Costa do
Marfim...
goleada na Coreia do Norte, para ficarmos com goal-average sobre a Costa do
Marfim...
* O Jorge
quarta-feira, 23 de junho de 2010
O “fair play” de Domenech
O seleccionador francês, Raymond Domenech, manteve-se mal-educado até ao fim e recusou cumprimentar, no fim do jogo, Carlos Alberto Parreira.
O vídeo AQUI
terça-feira, 22 de junho de 2010
Vuvuzelas serão usadas no combate à SIDA na África do Sul
Na África do Sul, país com 5,7 milhões de portadores do vírus da HIV, as autoridades e os organizadores prevêem grande distribuição de preservativos durante o Mundial e diferentes campanhas de sensibilização.
A principal delas envolve a distribuição de
vuvuzelas vermelhas. Essa cor, que simboliza internacionalmente a
solidaridade para com as vítimas da doença, nas tradicionais cornetas é
acompanhada dos dizeres:
"Faça barulho contra o HIV"
Aqui fica o alerta: Não comprem Vuvuzelas usadas...
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Imprensa mundial elogia goleada lusa
A imprensa mundial é unânime em elogiar a exibição e goleada aplicada
por Portugal à Coreia do Norte (7-0).
Títulos da imprensa:
«Renasce Portugal», Marca
«Ketchup luso: 7 a 0 na Coreia do Norte», Globoesporte
«Portugal atropela e Cristiano iluminou-se», as
«Sete marteladas de Portugal na Coreia do Norte», BBC
«Portugal impressiona e se aproxima dos oitavos», Terra
«Uma boa lição de português», France Football
«Portugal caminha sobre a água», L´Equipe
«Goleada portuguesa, com certeza», Estadão
«Retumbante Portugal: 7-0 à Coreia do Norte», Corriere dello Sport
«Portugal sem limites; Coreia do Norte sem defesa», Gazzetta dello Sport
«Com o pé nas costas», Gazeta Esportiva
«Caminho livre para Portugal», El País
«Portugal humilha Coreia do Norte e faz 7 a 0 com show», R7
«Portugalazo: CR7... a zero», Olé
«Sétimo céu para Portugal», ESPN
«Portugal acerta Coreia do Norte com sete golos», Eurosport
«Portugal esmaga Coreia do Norte», Le Figaro
«Portiagallo», Tuttosport
«Avalanche Portugal», Rai
«Portugal passeia sobre a Coreia do Norte: 7-0», SKY Italia
«Portugal atómico frente à Coreia do Norte», Le Monde
Títulos da imprensa:
«Renasce Portugal», Marca
«Ketchup luso: 7 a 0 na Coreia do Norte», Globoesporte
«Portugal atropela e Cristiano iluminou-se», as
«Sete marteladas de Portugal na Coreia do Norte», BBC
«Portugal impressiona e se aproxima dos oitavos», Terra
«Uma boa lição de português», France Football
«Portugal caminha sobre a água», L´Equipe
«Goleada portuguesa, com certeza», Estadão
«Retumbante Portugal: 7-0 à Coreia do Norte», Corriere dello Sport
«Portugal sem limites; Coreia do Norte sem defesa», Gazzetta dello Sport
«Com o pé nas costas», Gazeta Esportiva
«Caminho livre para Portugal», El País
«Portugal humilha Coreia do Norte e faz 7 a 0 com show», R7
«Portugalazo: CR7... a zero», Olé
«Sétimo céu para Portugal», ESPN
«Portugal acerta Coreia do Norte com sete golos», Eurosport
«Portugal esmaga Coreia do Norte», Le Figaro
«Portiagallo», Tuttosport
«Avalanche Portugal», Rai
«Portugal passeia sobre a Coreia do Norte: 7-0», SKY Italia
«Portugal atómico frente à Coreia do Norte», Le Monde
Fonte: Jornal A Bola
Seus Gulosos...!
Portugal goleou a Coreia do Norte por 7-0. A maior goleada da história da selecção nacional, uma das maiores
da história dos Campeonatos do Mundo. Portugal superou,
em larga escala, o melhor registo goleador no
seu percurso em Mundiais. A anterior marca remontava a 2002, quando a
Polónia
caiu por 4-0.
"Os golos são
como o ketchup, quando aparecem
vêm todos de
uma vez".
Hoje viraram o frasco...!
RESUMO
domingo, 20 de junho de 2010
Jogadores Coreanos desaparecidos
«Cliente do MEO andou a brincar com os menus anti-vuvuzela e escolheu "sem jogadores da Coreia do Norte".
A Meo, que passou a disponibilizar aos clientes a possibilidade de assistir aos jogos do Mundial pela televisão sem o som das vuvuzelas, parece não estar a controlar algumas consequências imprevistas da sua louvável iniciativa tecnológica. Quatro jogadores da selecção da Coreia do Norte, que defronta Portugal na próxima segunda-feira, estão dados como desaparecidos.»
fonte: Inimigo Público
sábado, 19 de junho de 2010
Crónicas Ricardo Araújo Pereira
Cada um tem o Camões que merece
Já faz mais de uma semana que a Selecção portuguesa, baptizada
por Carlos
Queiroz com o nome de Navegadores, se encontra na África do Sul.
Surpreendentemente, ainda nenhum poeta se ofereceu para narrar em verso a
epopeia destes navegadores, cujo cognome evoca outros que, mais
ou menos
no mesmo sítio, viveram aventura igualmente emocionante - mas tiveram a
sorte
de arranjar bardo que os cantasse. Soubesse eu fazer decassílabos e, com
boa
vontade, tomaria nas mãos a tarefa de transformar em poema épico os
heróicos
feitos da equipa nacional nesta passagem, cerca de 500 anos depois, de
novos navegadores
pelo Cabo da Boa Esperança.
Creio que o trabalho não seria demasiado difícil. Em lugar do
clássico
início «As armas e os barões assinalados» talvez se justificasse uma
referência
a episódios mais actuais: «As armas que os jornalistas assaltados / na
meridional praia africana», etc. Neste campeonato do mundo tão rico em
tácticas
defensivas e empates, é refrescante encontrar alguém que esteja
realmente
interessado em atacar, e até agora os bandidos têm sido dos poucos a
atacar com
arreganho e consistência. Nem que seja só por isso, merecem a simpática
menção.
A segunda estrofe começaria, provavelmente, com a tradicional
evocação
à musa. Excepcionalmente, o poeta não pediria ajuda para si. Camões
pediu à
musa dele que o ajudasse a escrever; o vate dos novos navegadores
pediria à sua musa que ensinasse a equipa a jogar. É uma questão de
prioridades
e, de facto, os jogadores precisam mais de ajuda do que o bardo. À
medida a que
o canto avança, o melhor seria comparar os actuais navegadores
com
aqueles que lhes deram o nome. Os navegadores do século XVI e os do
século XXI
postos frente a frente, para ver quais são os mais valentes. «Escorbuto e
fome
nas caravelas não são nada a comparar com as vuvuzelas» . Com todo o
respeito
para com o escorbuto, duvido que seja mais incomodativo que um estádio
cheio
daquelas cruéis cornetas.
O homólogo de Vasco da Gama na epopeia de hoje seria, creio,
Carlos
Queiroz, pelo que o poeta lhe daria especial atenção. «Da táctica não
sabe o
bê-á-bá / Mas queixa-se da tala do Drogba» poderia ser o princípio de
uma
visita à personalidade do nosso herói. Quem sabe se Manuel Alegre, que
em
tempos dedicou um poema a Figo, não poderá cantar agora o Queiroz em
lugar do
Gama?
Mesmo sabendo que quase só se fala da Selecção, sinto-me
obrigado a
referir outro assunto: o Sporting. Um cronista não pode falar apenas dos
grandes temas, e além disso desta vez vem mesmo a propósito. O Sporting
acaba
de apresentar três reforços, dois dos quais são o Maniche. Ainda estive
tentado
a contar os duplos queixos do novo jogador do Sporting, mas não tinha a
máquina
de calcular à mão e desisti. Se, prosseguindo esta política de contratar
estrelas do passado, o Sporting contratar Rochembach, ninguém passará
pelo meio
campo do Sporting. Não pela eficácia das marcações, mas porque não
haverá mesmo
espaço para passar.
Ricardo Araújo Pereira, 19 de Junho de 2010 in Jornal A Bola
sexta-feira, 18 de junho de 2010
EUA Wins 2-2
Esta foi a capa de Jornal após o empate dos EUA com a Inglaterra...
Parece que hoje voltaram a "ganhar" mas por 2-2 contra a Eslovénia
Se não ganharem verdadeiramente à Argélia na 3ª jornada vai ser difícil explicar aos americanos a razão de estarem fora do Mundial...
Crónicas Leonor Pinhão
A tala que nos entala
O
resultado de anteontem não foi nada mau. Em primeiro lugar porque foi
muito melhor do que a exibição, como Jorge Jesus referiu. A exibição
também não foi assim tão má quanto pintam os críticos da nossa
Selecção.
Pode-se dizer que foi uma exibição eminentemente
pálida na primeira parte e levemente descorada na segunda parte, sendo
que nos minutos finais o panorama se apresentou em ameaçadores tons
sombrios, tal foi a avalanche de ataques costa-marfinenses. Mas o jogo
também estava quase a acabar e Drogba, graças ao peso da tala de gesso
que carregava no braço direito, desequilibrou-se no momento do remate
que podia ser fatal e atirou com a bola para trás em vez de a atirar
para a frente.
Empatar com a Costa do Marfim, que é uma boa
selecção, nunca pode ser um mau resultado. A não ser que seja no
primeiro jogo da fase de grupos de um Campeonato do Mundo, em que uma
vitória, seja contra o adversário que for, é o bálsamo para a campanha
que se segue.
Do ponto de vista táctico, o confronto entre os
dois treinadores teve aspectos curiosos. Eriksson sentou Drogba na
primeira hora de jogo, para atrair os portugueses para facilidades
inexistentes, e Queiroz sentou Simão Sabrosa nos primeiros 50 minutos,
para atrair a substituição sempre mais fácil de fazer que é tirar
Danny, que é meio venezuelano e ainda por cima joga longe, lá na
Rússia, pelo que a sua saída nunca causa protestos.
Já
Hugo Almeida esteve sempre sentado no banco. Ao contrário de Liedson
que só se sentou duas vezes na relva em despiques com defesas
contrários. Tirando isso, o Levezinho conseguiu rematar uma bola de
cabeça num lance quase perigoso, aliás foi o único lance quase perigoso
do ataque português em toda a segunda parte.
Se jogar
muitas vezes, Liedson vai acabar por marcar alguns golos, como se viu
no último campeonato português que teve 30 jornadas. O problema é que
este campeonato só tem três jornadas garantidas, o resto virá por
acréscimo e só para quem merecer.
A
derrota da Espanha aos pés do suíço Gelson Fernandes, primo de Manuel
Fernandes, se significar que a Espanha não vai ganhar o seu grupo,
obriga a grandes contas no nosso grupo porque, francamente, ninguém o
vai querer ganhar… e como o nosso último jogo é com o Brasil… Esta é
uma boa notícia para Portugal.
A Liga de
clubes da nossa terra, organiza o campeonato de bola cá da nossa
querida terra, devia pôr os olhos no comité Organizador do Campeonato
do Mundo de Futebol da FIFA que, por ser uma instituição de dimensão
global, domina com grande eficácia e savoir faire todos os sobressaltos
que lhe advêm.
Referimo-nos aos sobressaltos que advêm à FIFA
enquanto organizadora de eventos, obviamente. Como este, por exemplo:
- Na noite de
domingo, em Durban, depois da goleada da Alemanha sobre a Austrália,
três centenas de stewards de serviço no Estádio Moses Mabhida,
desagradados com o cachet recebido, manifestaram-se de forma tal
maneira provocadora e desapropriada que houve necessidade, para manter a
ordem pública, de recorrer às forças policiais que não hesitaram em
correr à cacetada os rapazes dos coletes amarelos, despejando-lhes para
cima gás lacrimogéneo e uma saraivada de balas de borracha sem
cerimónia nenhuma.
A falta que fez o Hulk, especialista na matéria,
naquela batalha campal com stewards nas de Durban!
Hulk, como
sabemos, só não está na África do Sul por causa daquele incidente no
túnel do Estádio da Luz que levou à sua suspensão, o que impediu Dunga,
seleccionador do Brasil, de lhe observar as qualidades e,
consequentemente, de o convocar para o escrete onde teria sempre lugar
garantido. Fora do Mundial, Hulk está de férias no seu país e participou
recentemente num jogo de beneficência em Campina Grande, Paraíba, onde
teve oportunidade de, uma vez mais, falar à imprensa sobre o seu caso.
«Acredito que
foi uma situação armada, combinada. Eu não fui culpado, foi uma
confusão generalizada e tudo caiu em cima de mim. Acredito que se não
fosse isso, poderia estar no Mundial», disse.
E
disse curiosamente, no mesmo dia, um seu colega de equipa, o colombiano
Guarín, que concedeu Omã entrevista ao O JOGO assumindo uma posição um
bocadinho diferente da de Hulk sobre os mesmos acontecimentos.
Considerando que «os castigos foram exagerados», Guarín, no entanto
surpreendeu ao analisar o comportamento da sua equipa naquela já
distante noite de Dezembro. O colombiano, que passou a época a ser
assobiado no Dragão, disse apenas isto: «Erramos no túnel da Luz.»
O que
significa que Guarín, a poucas semanas do início da próxima temporada,
pode ficar certo de que ofereceu novas e sonantes razões para que os
adeptos do FC Porto continuem a embirrar solenemente com ele.
Mas em que é
que ficamos? Tem razão Guarín, que admite o erro, ou terá razão Hulk,
para quem a situação «foi armada»?
Felizmente,
situações «armadas» no futebol são muito poucas. No futebol português,
então, sap raras. A última situação «armada» que a todos impressionou
negativamente ocorreu já há um bom par de anos, quando Paulo Assunção,
que estava a renegociar o contrato com o seu clube, revelou numa
entrevista à RTP um episódio que metia meliantes anónimos e que metia
as referidas armas. «Perseguiram-me de carro. Disseram-me que se não
renovasse até quarta-feira levaria um tiro no joelho…» Recordam-se?
Regressemos,
rapidamente, à actualidade, à África do Sul e ao corrente Mundial de
futebol porque, sem Hulk por perto, foi com armas que as autoridades de
Durban meteram na ordem os stewards de serviço no Estádio Moses
Mabhida. Como já foi legislado em Portugal, stewards, tecnicamente, são
público, por muito garridos que sejam os coletes que usam.
O
que de notável esta situação gerou foi a reacção pronta da FIFA,
emitida em comunicado: «O Comité Organizador do Mundial prescinde dos
stewards nos jogos a realizar em Durban e na Cidade do Cabo e vai
entregar os aspectos ligados à segurança do jogo às forças policiais
locais.»
Ora aqui está uma solução de futuro. Que, aliás,
era a solução do passado e sempre funcionou bem. Dispense-se as
modernices e chame-se a polícia para fazer o trabalho da polícia nos
estádios de futebol de todo o mundo e também nos estádios da nossa
terra. Porque quando a coisa dá para o torto, não duvidem de que um
homem fardado da cabeça aos pés vale muito mais do que um homenzinho
com colete.
Hoje
a Argentina joga com a Coreia do Sul. Com ou sem Di María? Tal como a
exibição de anteontem dos portugueses no jogo com a Costa do Marfim,
também a exibição de Di María no jogo com a Nigéria não foi tão má
quanto a pintam. O estremo (ainda) do Benfica, por exemplo, fez duas
assistências maravilhosas a que Lionel Messi não deu a melhor conclusão.
Também não deixa de ser verdade que não houve ninguém que, anteontem,
na selecção portuguesa fizesse duas, nem uma, nem sequer meia
assistência maravilhosa para quem quer que fosse. Ou seja, pensando
melhor, a má exibição global da equipa portuguesa contra a Costa do
Marfim. E teria sido muitíssimo melhor a prestação de Di María se os
colegas lhe passassem a bola…
Leonor Pinhão, 17 de Junho de 2010 in Jornal A Bola
Au Revoir Domenech!!
Não foi um «Au Revoir», mas quase
A Seleção da França após a derrota por 2-0 com o México ficou com um pé fora do Mundial
Um empate entre Uruguai e México, na última jornada do Grupo A, envia a
equipa de Domenech mais cedo de volta a Paris...
Já nem de lá deviam ter saído....
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Excerto do livro do Saviola
"Ao longo da carreira encontrei vários tipos de adeptos. Dos fanáticos
de Sevilha, aos low profile do Mónaco. Mas como também já referi,
não encontrei nenhuns com a genuína paixão dos benfiquistas. É
quase inexplicável. Sente-se olhando fundo nos olhos das pessoas.
Sente-se nas manifestações espontâneas nas ruas, nos restaurantes, no
estádio. Sente-se nas cartas que recebemos (...)
"Quem já passou pelas mesmas situações - em países diferentes,
com clubes diferentes e adeptos diferentes - sabe distinguir claramente
os sentimentos. Aqui é distinto. Garanto!."
"O Benfica é um clube muito especial. Não digo isto para ser
politicamente correcto ou conquistar o coração de quem quer que seja. Aliás,
antes de vir para Portugal, posso confessar que desconhecia em absoluto
esta grandeza."
"O Benfica foi-me conquistando e convencendo com factos. É daqueles clubes que te surpreende dia após dia."
"Quando conto isto a alguns colegas de outros clubes eles estranham. Como é que alguém passou pelo Real Madrid ou Barcelona se pode surpreender? A explicação é simples. O Real ou o Barça são como teatros gigantescos e nós, os jogadores, somos os actores principais de uma grandiosa encenação. No Benfica é outra coisa, mais ligada ao sentimento, ao povo, à paixão.Vem das raízes, é genuíno..."
"Os adeptos conseguem transmitir-nos exactamente o que lhes vai na alma. Sentimos essa força na pele. (...)Cheguei a dizer ao Jorge Jesus: "Mister, isto nem no Madrid!"
"O mesmo já tinha acontecido no estágio da Suíça. No meio das
montanhas, num local quem nem vem no mapa, havia centenas de benfiquistas a
apoiar-nos."
"Após o primeiro treino liguei à minha mãe e disse: Mãezita,
este clube é impressionante!"
Saviola
Até arrepia, por ser tão verdade...
Fúria Espanhola
A Suíça fez tábua-rasa de todas
as probabilidades e perspectivas. Derrotou a poderosa Espanha por 1 - 0 e
demonstrou que este Mundial
não está imune a surpresas...
Nesta perspectiva, afinal até fizemos um bom resultado contra a Costa do Osso-de-Elefante...
Atendendo
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Coreia do Norte
Não vai ser fácil...
Estes Coreanos parecem estar cheios
de urânio empobrecido.
Energia que nunca mais acaba...
terça-feira, 15 de junho de 2010
Tampões anti vuvuzela esgotam
A
controvérsia sobre a vuvuzela continua. Enquanto a FIFA confirmou que não irá proibir o instrumento musical e símbolo Sul Africano de futebol, algumas pessoas procuram formas de atenuar os seus sons intensos.
Os tampões anti vuvuzela já esgotaram em várias cidades de África do Sul. E não é para menos:
Os tampões anti vuvuzela já esgotaram em várias cidades de África do Sul. E não é para menos:
Medições feitas por engenheiros, o som de uma única vuvuzela atingiu 127
decibéis. Um
helicóptero a descolar apenas chega aos 98 decibéis. Agora imaginem milhares ao mesmo tempo...!
Outra forma de contornar esta questão "cultural", a imprensa da África do Sul informou esta segunda-feira que um novo
modelo de vuvuzela, menos ruidoso, começará em breve a ser
comercializado.
"Modificamos o tubo. Agora existe uma vuvuzela que
tem 20 decibéis a menos que as anteriores", declarou ao jornal The
Star, Neil van Schalkwyk, da empresa Masincedane Sport.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
«Quero explodir no Mundial»
Cristiano Ronaldo revelou este domingo o desejo de "explodir"
no Campeonato do Mundo da África do Sul...e que "Os golos são como o ketchup, quando aparecem
vêm todos de
uma vez".
Aguardo ansiosamente a implosão e que Ronaldo solte cá para fora todo o teu ketchup talento
domingo, 13 de junho de 2010
Calem-me essas vuvuzelas!
Espalhou-se como uma praga prometendo tornar a nossa
vida em sociedade num Inferno. Nas mãos de crianças e adultos é uma arma
letal que ameaça, a cada momento, rebentar com os tímpanos de todos.
A GALP oferece-a, prometendo "energia positiva". Não sei o efeito que
tem no leitor, mas a mim, um pacifista dos quatro costados, provoca-me
instintos homicidas. Sem olhar a géneros ou idades.
Nos estádios, ao que parece, a epidemia não
causa menores estragos. Os treinadores queixam-se que não conseguem
dar indicações aos jogadores. Os jogadores queixam-se que não conseguem
ouvir os treinadores. Os árbitros queixam-se que não se conseguem ouvir
uns aos outros. Os jornalistas queixam-se que não conseguem falar para
as redacções. Há mesmo quem diga que a coisa pode provocar ataques de
elefantes. Os médicos garantem que pode causar surdez.E ainda não
ouvimos 90 mil pessoas a soprar naquele instrumento do Diabo ao mesmo
tempo.
Agora chegou a vez do público se queixar:
é insuportável ter a sensação de estar durante duas horas num
engarrafamento. O som contínuo de vespeiro das malditas vuvuzelas
não é apenas massacrante. Torna imperceptível as reacções do público a
cada remate, golo, falhanço. Não sentimos nem a alegria, nem a
frustração. Apenas aquele roncar permanente.
Quem teve a ideia de tornar isto no "som de marca" deste Mundial não
detesta apenas futebol. Odeia a humanidade. Se isto continua corremos o
risco de assistir à primeira enxaqueca à escala global da história
deste planeta. É com todo o respeito pelas tradições locais que
deixo aqui um apelo sentido: calem-me estas malditas vuvuzelas! Aquilo
só pode fazer mal ao ambiente.
Daniel Oliveira, 13 de Junho de 2010 in Jornal EXPRESSO
sábado, 12 de junho de 2010
O Golo e o Frango do dia
Heinze apontou o único golo da partida entre Argentina e Nigéria, disputado no Ellis Park Stadium, aos 7'.
Inglaterra e Estados Unidos empataram hoje a uma bola, no jogo inaugural do Grupo C do Mundial da África do Sul. Gerrard (4m) abriu o marcador, Dempsey (40m), com ajuda do guardião britânico, igualou a partida.
Crónicas Ricardo Araújo Pereira
Jorge Jesus no Porto?
Nem na Playstation
(…) não tenho opinião formada (e
quem poderá tê-la?)
[Sobre a contratação de Villas-Boas]
Miguel Sousa Tavares
A Bola, 8 de Junho de 2010
“É uma escolha fantástica”.
Rui Moreira
Antena 1, 2 Junho de 2010
A abordagem de Pinto da Costa a Jorge Jesus não resultou. Acontece.
Por uma qualquer razão difícil de explicar, o treinador do campeão
nacional não se mostrou interessado em ir orientar o terceiro
classificado na Liga Europa. Enfim, nem todos os contactos do presidente
do Porto podem ser tão bem sucedidos como aquele telefonema que manteve
com o árbitro Augusto Duarte. E, além disso, é natural que os
treinadores vivos desconfiem de um presidente que falha as promessas a
treinadores falecidos. Benfiquismo à parte, foi pena. Sinceramente,
gostaria de ter visto a equipa técnica que Jorge Jesus iria formar no
Porto. Este adjunto que Pinto da Costa acabou de contratar podia ser um
excelente ajudante de Raul José, Miguel Quaresma, Mário Monteiro e
Pietra. Quem sabe se, no futuro, Villas-Boas não pode ainda integrar a
equipa técnica de Jorge Jesus e aí demonstrar todo o seu celebrado
talento para a observação e a estatística?
Tal como sucedeu nos processos de Domingos Névoa e Fátima Felgueiras,
também o processo Apito Dourado terminou sem qualquer condenação por
corrupção. O empresário Manuel Godinho, detido no âmbito de processo
Faca Oculta, de quem se diz erroneamente que aguarda julgamento, na
verdade aguarda absolvição. Os processos têm pontos de contacto
notáveis. Fátima Felgueiras foi passar uma temporada ao Brasil, talvez
no mesmo avião em que viajou Carlos José Amorim Calheiros, conhecido
como Carlos Calheiros para efeitos de arbitragem e como José Amorim para
fins turísticos. Por outro lado, enquanto Manuel Godinho oferecia
peixe, Pinto da Costa oferecia fruta. Tudo víveres que devem fazer parte
de uma alimentação saudável. Quanto mais não seja por semelhante
elevação de princípios, não admira que não haja tribunal que se atreva a
condenar esta gente.
Esta semana trouxe boas notícias e más notícias. A boa notícia é que
Rúben Amorim foi chamado à Selecção. A má notícia é que foi chamado à
Selecção portuguesa. Por um daqueles enormes azares, o rapaz não pode
integrar uma equipa cuja categoria e ambição estejam à sua altura,
infortúnio que partilha, aliás, com Fábio Coentrão. Que se apoiem
mutuamente nesta hora difícil e voltem sãos e salvos, é o que lhes
desejo. Até porque a equipa portuguesa continua a jogar um futebol
desorganizado, com jogadores que parecem não saber o que estão a fazer
em campo. Liedson, por exemplo, está de tal forma mal integrado na
equipa que quem não soubesse até diria que é estrangeiro.
Depois de André Villas-Boas (sete épocas de Mourinho), Baltemar Brito
(seis épocas de Mourinho) é o segundo adjunto do Special One a ser
contratado para treinar um clube português. O Belenenses, sem capacidade
financeira para sete épocas de Mourinho, teve de se contentar com seis.
Além de que Baltemar Brito veste pior do que Villas-Boas, e não é
ruivo. Nisto do futebol, a qualidade custa dinheiro, e tanto os fatos de
bom corte como a coloração capilar têm um preço elevado, até pelos
pontos que rendem no final da época. Segundo consta, o barbeiro de José
Mourinho está nos planos do Trofense. Ora, na qualidade de cidadão que
já trocou quatro SMS com o Special One, aproveito esta oportunidade para
fazer saber ao mercado que não estou disponível para orientar equipas.
Mas, ao que me dizem, o corta-unhas de José Mourinho vai mesmo treinar o
Arrentela.
Ricardo Araújo Pereira, 12 de junho de 2010 i Jornal A Bola
O golo do dia
Tshabalala fez o marcador mexer pela primeira vez no Mundial. Em
contra-ataque, o médio arrancou pela esquerda e fuzilou o guarda-redes
Oscar Perez.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
A Cerimónia de Abertura
Aí está a cerimónia de abertura do Campeonato do Mundo de futebol no Soccer City Stadium, em Joanesburgo.
Num estádio que não estava ainda completamente lotado, desfilou cor, desfilou ritmo africano e desfilaram as bandeiras dos países participantes.
Crónicas Leonor Pinhão
Pouco
genial presidente, pouco genial
Não
conheço nenhum portista que não tivesse reagido com um «oh, que pena!» à
notícia de A BOLA dando conta do assédio do FC Porto a Jorge Jesus no
final desta época.
E conheço muitos que reagiram com um saudoso «ai,
ai, nos seus bons velhos tempos o nosso presidente tinha-vos dado mesmo
a golpada!» e outros, mais dados à teoria histórica, que logo
recordaram com um «ah, era lindo, um bocado parecido com aquela vez que
fomos buscar o Rui Águas quando ele era o vosso ídolo e símbolo».
Na verdade,
nada mais dentro do reportório de Pinto da Costa do que tentar fazer um
número com Jorge Jesus que, em termos de apego ao Benfica, tem bem
menos responsabilidades do que tinha Rui Águas desde que nasceu e,
especialmente, no ano de 1988.
Mas, desta vez, o número falhou.
Há artistas que, com o tempo, perdem qualidades.
E o silêncio
oficial sobre o assunto é tão eloquente…
Pouco genial, presidente, pouco
genial.
Em
Junho de 2001, Pinto da Costa estava aborrecido com Domingos Paciência,
em final de carreira, e Domingos estava aborrecido com Pinto da Costa,
que, pelas nossas contas, já tinha passado o meio da carreira, e que
criticava o ex-menino de ouro nestes termos: «Não venham agora com
choradinhos de simbologias quando os jogadores são eminentemente
profissionais e quando têm oportunidade de sair não abdicam de as aproveitar».
Tudo isto a propósito de uma experiencia pouco empolgante do mesmo
Domingos no Tenerife e do seu regresso, também pouco empolgante, ao
Estádio das Antas, pois era assim que se chamava na altura o recinto do
FC Porto.
O episódio já se passou há muito tempo e não é o
simpático e distante Tenerife que o traz à baila. É antes o exemplo que
Pinto da Costa deu do atleta que, segundo ele, mais e melhor
significava a pureza do desinteresse material e do amor à camisola. «Só
conheço um jogador que, desde que calçou umas botas ou sapatilhas para
jogar futebol, só vestiu a camisola do FC Porto. Esse jogador foi
Rodolfo Reis. Todos os outros aproveitaram quando tiveram oportunidade
de ir para melhor».
Pois bem, resta-nos dizer que, face a
acontecimentos bem mais recentes, Rodolfo Reis está completamente
tramado.
Se na apresentação de André Villas-Boas, o
presidente do FC Porto afirmou peremptoriamente que não conhecia, no
universo portista, nenhum «céptico» quando ao bom juízo da sua escolha,
imagine-se só que, no mesmo dia, veio Rodolfo Reis não só desalinhar
como também desmentir Pinto da Costa em declarações públicas em tudo
contrárias ao discurso presidencial sobre a unanimidade em torno do
novo treinador: «Não sei o que dizer e acho que é a opinião de milhares
de pessoas do universo portista. André Villas-Boas foi o técnico da
Académica e lá fez um trabalho banal, apenas. É um risco total».
E Rodolfo
Reis é mesmo um símbolo do FC Porto.
Pronto,
lá estragaram as férias ao nosso Rúben Amorim. E, ainda por cima, que
merecidas férias para quem tanto labutou e jogou um ano inteiro.
Lamentavelmente, Rúben Amorim vai viajar para a África do Sul porque
Nani, que prometia estar em grande, se lesionou num ombro ainda em
Portugal.
Curiosamente, o comunicado da FPF a anunciar a
indisponibilidade do jogador não especifica as circunstâncias em que
Nani se magoou. Terá sido a jogar ping-pong com Cristiano Ronaldo? Ou
terá sido a comemorar o seu bonito golo aos Camarões com uma sequência
de cambalhotas? Em Manchester, Sir Alex Ferguson passa-se com os saltos
mortais do português e alguma razão terá.
Na edição
de terça-feira, A Bola publicava excertos de um relatório de André
Villas-Boas que «fez furor» e que «ainda hoje é alvo de estudo».
Trata-se de
uma observação do Newcastle, adversário do Chelsea, para quem
Villas-Boas trabalhava sob o comando de José Mourinho. Não se resiste a
partilhar com os leitores mais distraídos deste jornal, alguns
excertos dessa obra marcada pela genialidade.
Ora, tomem lá
para aprenderem a fazer relatórios: «Importante manter atenção à alta
intensidade do jogo»… «muita rapidez e alertas nas segundas bolas»…
«más transições defensivas e bolas paradas»… «substituições não
implicam alteração do sistema»…« Luque tem técnica»… e termina com uma
chamada de atenção ao atraso de bolas para o guarda-redes… «grande
perigo!».
Por esquecimento, não foi mencionado que este
relatório que «fez furor» é «ainda hoje alvo de estudo» até na NASA!
Florentino
Perez, o presidente do Real Madrid, concedeu uma entrevista à cadeia
de rádio espanhola Antena 3 e disse: «Gosto muito do Di María». E o que
é que isso tem de especial? Também nós, os que somos do Benfica,
gostamos muito do Di María. Se Florentino Perez gosta assim tanto,
tanto, tanto do argentino, tem bom remédio. Pague.
No
princípio da semana, pelas ruas da cidade. Vai uma pessoa a passar
perto de uma banca de jornais, olha distraidamente para as primeiras
páginas e, de repente, sobressalta-se, quase não quer acreditar no que
lê na manchete de O Jogo: VILLAS-BOAS ACREDITA QUE PODE MUDAR O ‘POLVO’.
Não é
possível! Então isto é que é um treinador «à Porto»? Este rapaz, com
estes propósitos, não vai longe…
Depois uma pessoa aproxima-se do
escaparate e percebe, finalmente, o verdadeiro teor da notícia. ‘O
Polvo’ é a alcunha do jogador Fernando para o qual o novo treinador tem
planos tácticos diferentes daqueles que tinha o anterior treinador.
Ah, pronto, assim já faz sentido.
Óscar
Cardozo lesionou-se num tornozelo já ia adiantada a segunda parte do
último Benfica-Sporting para o campeonato de 2009/2010. Com o devido
respeito, levou uma patada de Grimmi em plena área sportinguista que o
deitou por terra e por lá ficou um bom par de minutos em grande
aflição. Lembram-se? Obviamente, o árbitro não apontou para a marca de
grande penalidade porque era chato, podia roubar interesse à competição
que foi disputada até ao fim.
Depois
Cardozo levantou-se a coxear, ao jogo e na primeira oportunidade que
teve, mesmo manco, rematou uma bola com êxito para o fundo da baliza de
Rui Patrício e inaugurou o marcador que viria a ser magnificamente
selado por uma obra artística de Pablito Aimar. Até ao fim do
campeonato, Cardozo disputou o título de melhor marcador com Falcão,
marcando, sempre preso por arames, sempre a coxear, os golos
suficientes para receber, no fim de tudo, em pleno relvado da Luz o
troféu que distingue o artilheiro-mor da época. E exibiu, na ocasião, um
bonito sorriso, ainda que melancólico como é do seu timbre.
O
esforço de Cardozo e o sacrifício que fez foram meritórios e muito
aplaudidos. O paraguaio mostrou-se sempre empenhado em ajudar a equipa a
ganhar o título colectivo e a equipa mostrou-se sempre empenhada em
ajudar Cardozo a ganhar o título individual. E tudo acabou em beleza.
Cardoso
poderá ou não sair do Benfica e, se sair, vai deixar excelentes
recordações e um muito válido sentido de gratidão entre todos os
benfiquistas. Foi inexcedível e agora que já tudo passou, até lhe
perdoamos aquela série de grandes penalidades falhadas com que nos ia
matando a todos de ataque cardíaco.
Só não se compreende o relambório
corrente do empresário do jogador, Pedro Aldeva, que lastima todos os
dias na imprensa o facto de Cardozo ter jogado em deficientes condições
as últimas partidas do campeonato português, pondo em em risco a sua
titularidade no Mundial e a sua transferência para outras paragens.
Não se
compreende porque nunca ninguém ouviu Cardozo lamentar-se do mesmo.
Antes pelo contrário. Conquistar a Bola de Prata foi um objectivo a que
nunca virou a cara e muito menos o tornozelo lesionado.
Leonor Pinhão, 10 de Junho in Jornal A Bola
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Waka Waka - This Time for Africa...!
Ritmo, música e coreografia absolutamente fantástica e contagiante...
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Os Jogos que serão transmitidos na TV
Aqui ficam as transmissões da 1ª fase dos jogos do Mundial 2010
11 de Junho
África do Sul-México, 15:00, RTP
12 de Junho
Inglaterra-Estados Unidos, 19:30, RTP
13 de Junho
Argélia-Eslovénia, 12.30, RTP Alemanha-Austrália, 19:30, RTP
14 de Junho
Japão-Camarões, 15:00, SIC
Itália-Paraguai, 19:30, SIC
15 de Junho
Nova Zelândia-Eslováquia,12:30 SIC Costa do Marfim-Portugal,15:00 RTP
Brasil-Coreia do Norte, 19:30, RTP
16 de Junho
Honduras-Chile, 12h30, SIC África Sul-Uruguai, 19:30, RTP
17 de Junho
Argentina-Coreia do Sul, 12:30, SIC França-México, 19:30, RTP
18 de Junho
Eslovénia-EUA, 15:00, SIC Inglaterra-Argélia, 19:30, SIC
19 de Junho
Holanda-Japão,12:30,
SIC Gana-Austrália, 15:00, SIC
20 de Junho
Eslováquia-Paraguai, 12:30, SIC Brasil-Costa do Marfim, 19.30, RTP
21 de Junho
Portugal-Coreia do Norte, 12:30, RTP
Chile-Suiça, 15:00, SIC
22 de Junho
México-Uruguai, 15:00, RTP França-África do Sul, 15:00, SIC
Nigéria-Coreia do Sul, 19:30, SIC
23 de Junho
Estados Unidos-Argélia, 15:00, RTP Austrália-Sérvia, 19:30, SIC
Gana-Alemanha, 19:30, RTP
24 de Junho
Paraguai-Nova Zelândia, 15:00, RTP
Dinamarca-Japão, 19:30, SIC
Camarões-Holanda, 19:30, RTP
25 de Junho
Portugal-Brasil, 15:00, RTP Suíça-Honduras, 19:30, SIC
Entusiasmo no treino 'tirou' Nani do Mundial
Nani sofreu um traumatismo na clavícula esquerda durante uma
sessão em Massamá na qual o técnico pediu golos espectaculares...
"Acaba com o golo mais espectacular." Foi esta a ordem
que Carlos Queiroz deu na sexta-feira,
em Massamá.
Os jogadores aceitaram o desafio, com Nani a tentar ser o
mais espectacular na finalização. Recebeu um centro da direita, tentou o
pontapé de bicicleta e caiu sobre o ombro. Alguns minutos mais tarde
acabaria por se queixar e não mais recuperou a 100%. Agora está fora do
Mundial.
Após essa sexta-feira, dia 4, Nani falhou o derradeiro
treino, no sábado de manhã, antes do embarque rumo à África do Sul, que
aconteceu à noite. Aparentemente, teria sido por precaução, pois o
traumatismo na clavícula esquerda parecia de fácil resolução, até porque
os dois primeiros treinos realizados em Magaliesburg, revelaram um Nani
sem limitações.
A verdade, pelos vistos, é que o jogador
manifestou sempre queixas e ontem de manhã, após um exame médico,
revelaram-se as piores expectativas. Notícia que o jogador recebeu em
lágrimas, confortado depois pelos colegas, em especial Ronaldo e Veloso.
Associados à exclusão de Nani surgiram alguns
rumores, um deles sobre um alegado caso de indisciplina do extremo para
com o seleccionador, notícias porém sem fundamento. Nani sempre foi um jogador com os pés bem assentes na terra...
Fonte: Diário Notícias
Fonte: Diário Notícias
terça-feira, 8 de junho de 2010
Ruben Amorim rumo a África do Sul
Ruben Amorim tem viagem marcada ainda hoje para
Joanesburgo por forma a integrar o estágio da Seleção Nacional.
O médio vai substituir Nani, que se lesionou num ombro.Uma nota no site da FPF confirma as notícias que foram sendo avançadas ao longo das últimas horas. Nani, do Manchester United, lesionou-se e não está apto para competir.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Calendário do Mundial 2010
A lei seca de Queiroz
Curiosa a reportagem feita pelo jornal Marca.com relativamente à proibição de bebidas alcoólicas durante o voo para África do Sul...
domingo, 6 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
Crónicas Ricardo Araújo Pereira
Quem esteve atento à imprensa do Porto, esta semana, sabe que Pinto da
Costa acaba de contratar o melhor treinador de todos os tempos. Dia após
dia, Villas Boas foi sendo descrito nos jornais de modo a que ninguém
tivesse dúvidas: Villas Boas não é o novo Mourinho; Mourinho é que, com
esforço e sorte, poderá vir a ser o novo Villas Boas. Aqueles adeptos
que, levianamente, tinham preferência por treinadores com mais de seis
meses de experiencia, foram confrontados com páginas e páginas de
informações detalhadas sobre o extraordinário perfil de Villas Boas e
puderam confirmar que estavam a ser ridículos Porque Villas Boas é
jovem. Vilas Boas é ambicioso. Villas Boas é extremamente moderno.
Villas Boas ainda não parou de evoluir. Villas Boas é
extraordinariamente jovem. Villas Boas é arruivado e chama-lhe
cenourinha. Villas Boas é mesmo muito ambicioso. Villas Boas tem o
número de telefone de José Mourinho na sua agenda. Villas Boas adora os
jogadores. Os jogadores adoram Villas Boas. Villas Boas é mais jovem do
que quase toda a gente. Villas Boas fez relatórios magníficos para
Mourinho. Villas Boas é tão ambicioso que até faz dor de cabeça. Villas
Boas quase nunca diz palavrões. Villas Boas dá conferências de imprensa
de antologia porque antecipa as perguntas dos jornalistas e ensaia as
respostas geniais que vai dar. Villas Boas uma vez falou com um
jornalista num aeroporto e deixou-o muito bem impressionado. Até porque é
jovem. E ambicioso. Villas Boas tem dupla ascendência nobre: é o 4.º
visconde de Guilhomil e o 17.º novo Mourinho.Villas Boas sabe estar.
Villas Boas lê os jornais todos logo pela manhã, o que é notável. Villas
Boas sabe o que é o esternocleidomastoideu (esta informação não vinha
na imprensa, mas julgo que apenas por esquecimento). Villas Boas não
treina, orienta processos de treino. Villas Boas não dá instruções,
incute conceitos. Sempre de forma jovem e ambiciosa. E foi certamente
por tudo isto que, dos 50 nomes de treinadores que Pinto da Costa disse
ter na cabeça, houve 49 que não tiveram currículo nem categoria para
levar a melhor ao rapaz que nunca treinou numa competição europeia e
deixou a Académica num glorioso 11.º lugar, dois pontos abaixo do Paços
de Ferreira de Ulisses Morais.
Foi uma semana histórica. Certa capa de jornal colocava frente a
frente os dois mais prováveis candidatos ao lugar de treinador do Porto e
o respectivo resumo de carreira. De um lado, Muricy Ramalho. E, por
baixo da fotografia, a legenda: «três campeonatos brasileiros e uma taça
CONMEBOL». Do outro lado, Villas Boas. E, no lugar do currículo, vinha
escrito: «7epocas de Mourinho». Era, portanto, o confronto entre um
tricampeão do Brasil e um heptacampeão dos relatórios. Sem surpresa,
ganhou o último. Como benfiquista, não posso deixar de estar preocupado e
julgo que se devem tomar medidas drásticas: avançar para o despedimento
imediato de Jorge Jesus e contratar a Sr.ª D. Matilde, a mulher do
special one. Tem cerca de 20 épocas de Mourinho no seu palmarés.
Parece-me jovem. Caso seja ambiciosa, leia os jornais todas as manhãs e
prometa pintar o cabelo de ruivo, é oferecer-lhe um contrato de dois
anos com mais um de opção.
Quem julga que exagero acerca das capacidades de Villas Boas não
precisa de ler as reportagens da imprensa nortenha. Para se ter uma
noção da importância que o novo treinador do Porto tinha na equipa de
Mourinho, bastará recordar que, esta época, já sem a preciosa
colaboração de Villas Boas, Mourinho ganhou apenas o campeonato
italiano, a taça de Itália e a Liga dos Campeões. O leitor lembra-se
certamente das célebres imagens de Mourinho agarrado a Materazzi, na
despedida de Milão. Pois bem, neste momento tenho a certeza de que ambos
a chorar com saudades dos relatórios de Villas Boas. «I rapporti! I
rapporti!», chorava Materazzi. «Ma che saudadini!», soluçava Mourinho.
«Era cosi giovani e ambizioso!», suspiravam ambos.
A culpa é do próprio Mourinho, que tem esta qualidade única. Os
outros grandes treinadores do mundo não transmitem, por osmose, os seus
conhecimentos ao resto da equipa técnica. Quem faz relatórios para Fabio
Capello não passa a saber treinar como ele. Os adjuntos de Alex
Ferguson não se transformam em treinadores geniais (como nós bem
sabemos). Mas os que rodeiam Mourinho passam a perceber de futebol por
contágio. São contaminados pela especialidade de special one. Pode ser o
melhor treinador do mundo, mas é um perigo para a saúde pública.
Ricardo Araújo Pereira, 5 de Junho de 2010 in Jornal A Bola
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Crónicas Leonor Pinhão
Notas Soltas e Contas
No verão passado, três dos jogadores que não serviam para o Real Madrid
foram convidados a ir-se embora e mandados para outras paragens. Os
holandeses Robben e Sneijder foram parar, respectivamente, ao Bayern de
Munique e ao Inter de Milão e bem os vimos, aos dois, no sábado, a
pisar o relvado do Estádio Santiago Bernabéu, jogando a final da Liga
dos Campeões, essa mesma final que o Real Madrid tanto queria jogar na
sua própria casa e a que não conseguiu aceder.
Na casa do FC Porto de Argoncilhe, Santa Maria da Feira, Pinto da
Costa não prometeu dedicar o próximo título a ninguém deste mundo ou do
outro porque, segundo garantiu com veemência, nunca foi pessoa para
fazer coisas dessas.
Era importante que alguém do staff portista dissesse ao presidente do
FC Porto que, em Janeiro deste ano, apareceu em público um sósia que se
fez passar por ele e teve a suprema lata de dedicar o título do
campeonato de 2009/2010 a José Maria Pedroto.
Ainda na casa do FC Porto de Argoncilhe, Pinto da Costa revelou,
tremente, que recebeu uma mensagem que o deixou «muito sensibilizado». A
aludida mensagem, segundo garantiu o presidente do FC Porto, «foi do
senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa que me
endereçou os parabéns pela minha recondução como presidente e pela nossa
vitória na Taça de Portugal».
Era urgente que alguém do staff camarário avisasse o presidente da
Câmara de Lisboa de que, em Maio deste ano, terá surgido um impostor
que, fazendo-se passar por ele, utilizou papel timbrado da edilidade
para felicitar Pinto da Costa pela sua eleição como presidente do FC
Porto e pela vitória na Taça de Portugal sobre o simpático e remediado
emblema do Desportivo de Chaves, que não foi tido nem achado nestes
enredos.
De facto, há cada abuso de confiança.
O Sporting vibrou de tal modo, ao longo da época, com o sensacional
campeonato do Sporting de Braga e tantas esperanças depositou no sucesso
final da equipa de Domingos Paciência - o que se compreende
perfeitamente - , que agora, por uma questão de coerência, mais não lhe
resta do que ir ao mercado e tentar comprar a equipa toda dos
bracarenses, a ver se, para o ano, consegue vibrar consigo próprio no
lugar de se ter de pendurar emocionalmente nos defeitos de terceiros.
Depois de João Pereira, que foi contratado logo a seguir ao Natal e
foi um caso típico de «chegar, ver e vencer», seguem-se agora Edvaldo,
que já está seguro na Alvaláxia, e Alan e Hugo Viana, dois objectivos
não dissimulados da SAD leonina.
Razão terá o presidente José Eduardo Bettencourt que, no final da
última reunião do Conselho Leonino, incentivou a massa adepta do clube a
ter esperança no futuro melhor porque, nas suas próprias palavras,
«para o ano vamos dar cartas».
Desde que o presidente Bettencourt não se estivesse a referir ao
bridge, há motivos para sorrir na Alvaláxia o que, alias, tem sido uma
constante deste seu consulado.
O Benfica deve ser um dos emblemas com mais jogadores seus a actuar
no próximo Mundial. Ontem, foram apontados mais dois para a porta de
embarque: os argelinos Halliche e Yebda que por estarem cedidos,
respectivamente, ao Nacional da Madeira e ao Portsmouth de Inglaterra,
os benfiquistas raramente viram jogar na época passada. Vamos vê-los
agora em acção em grandes palcos contra grandes adversários. É a maneira
grátis que o adepto comum tem de fazer prospecção aos jogadores da
própria casa. É por isso que o Mundial é tão divertido.
Depois de ter perdido Rúben Micael para o FC Porto, o que ainda mais
reforçou os laços de amizade entre os dois clubes, o Sporting, pelo
andar da carruagem, prepara-se agora para perder André Villas- Boas
também para o FC Porto. Recorde-se que o jovem treinador que conduziu,
em 2009/2010, a Académica ao 11.º lugar da tabela classificativa, foi
intensamente desejado pelo Sporting quando motivos de força maior
forçaram Paulo Bento a bater com a porta e a ir para casa descansar a
cabeça de tanto burburinho e incompreensão.
É, de facto, incrível como o Sporting perdeu a corrida de André
Villas-Boas que, mais do que qualquer outro treinador do mundo, estava
destinado desde o berço a ser treinador do clube que foi fundado pelo
Visconde de Alvalade e que se orgulha, com razão, da sua origem
nobiliárquica.
É que André Villas-Boas não é mais nem menos do que bisneto do
primeiro Visconde de Guilhomil, título atribuído em 1890 pelo nosso rei
Senhor Dom Carlos I a José Gerardo Vieira Pinto Peixoto de Villas-Boas,
tal como consta no Tomo I, página 684 da obra Nobreza de Portugal.
Como é que um clube de Viscondes perde a oportunidade de ter um jovem
brasonado como treinador? Mas que grande incompetência.
Para não ficar atrás de André Vllas-Boas, cujo momento mais brilhante
e prometedor do currículo foi ter feito parte da vasta equipa técnica
de José Mourinho no FC Porto e no Chelsea, Costinha, o manager do
Sporting, quis também abrilhantar o seu currículo revelando ontem, em
declarações à Agencia Lusa, que José Mourinho, que muito o admira, o
incentivou a tirar um curso de treinador porque via nele grandes
capacidades para a profissão.
Costinha, no entanto, sempre se viu mais na pele de dirigente,
sobretudo, segundo consta, depois de ter passado dois anos sem jogar no
Atlanta de Bérgamo, o que lhe terá permitido aprender muito sobre a arte
dos corredores e das tribunas VIP. E, ainda por cima, em Itália, onde
os dirigentes do futebol mais elegante do mundo primam por usarem fatos
às riscas com camisas aos quadrados.
A verdade é que José Mourinho dá para tudo, sobretudo agora que
chegou, como, quando e com quem quis, à grande Casa Branca de Chamartín.
A comunicação social tem vindo a revelar os passivos dos três
grandes. O Benfica é, naturalmente, o campeão, com 452 milhões. O
Sporting, tal como nos saudosos tempos de Paulo Bento, ficou em segundo
lugar neste campeonato com um passivo de 310 milhões.
Tendo em conta que na tabela real do último campeonato, o Sporting
ficou a 28 pontos do Benfica, nada melhor do que fazer contas… A
diferença do passivo do Sporting para o passivo do Benfica é de 142
milhões de euros, valor que os benfiquistas gastaram a mais do que os
rivais para conseguir uma equipa que lutasse efectivamente pelo título. E
se dividirmos esses 142 milhões de euros pelos tais 28 pontos de
diferença ficamos a saber que cada ponto a mais que o Benfica somou
custou-lhe 5 milhões de euros na luta directa com o clube rival da
cidade.
Em relação ao FC Porto, que tem um passivo de 239 milhões, façamos as
mesmas contas… A diferença do passivo do Benfica para o passivo do FC
Porto é de 213 milhões de euros, sabendo-se que o FC Porto só ficou a
escassos 8 pontos dos campeões, conclui-se que cada ponto ganho pelo
Benfica ao rival do Norte custou-lhe 26 milhões de euros.
Olhem só que dinheiro tão bem gasto.
E que grande injustiça a dispensa dos serviços do professor Jesualdo
Ferreira.
Leonor Pinhão, 3 de Junho in Jornal A Bola
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